sábado, abril 28, 2007

O meu amor existe . Jorge Palma (encore)

O meu amor tem lábios de silêncio
E mão de bailarina
E voa como o vento
E abraça-me onde a solidão termina
O meu amor tem trinta mil cavalos
A galopar no peito
E um sorriso só dela
Que nasce quando a seu lado eu me deito
O meu amor ensinou-me a chegar
Sedento de ternura
Separou as minhas feridas
E pôs-me a salvo para além da loucura
O meu amor ensinou-me a partir
Nalguma noite triste
Mas antes, ensinou-me
A não esquecer que o meu amor existe

Acorda Menina Linda . Jorge Palma

Acorda, menina linda
Vem oferecer
O teu sorriso ao dia
Que acabou de nascer
Anda ver que lindo presente
A aurora trouxe para te prendar
Uma coroa de brilhantes para iluminar
O teu cabelo revolto como o mar

Acorda, menina linda
Anda brincar
Que o Sol está lá fora à espera de te ouvir cantar
Acorda, menina linda
Vem oferecer
O teu sorriso ao dia
Que acabou de nascer

Porque terras de sonho andaste
Que Mundo te recebeu
Que monstro te meteu medo
Que anjo te protegeu
Quem foi o menino que o teu coração prendeu ?

Acorda, menina linda
Anda brincar
Que o Sol está lá fora à espera de te ouvir cantar
Acorda, menina linda
Vem oferecer
O teu sorriso ao dia
Que acabou de nascer

Anda a ver o gato vadio
À caça do pássaro cantor
Vem respirar o perfume
Das amendoeiras em flor
Salta da cama
Anda viver, meu amor

Acorda, menina linda
Vem oferecer
O teu sorriso ao dia
Que acabou de nascer

Jorge Palma

sábado, abril 21, 2007

Luta contra a Sida . Grandes trabalhos



XXXL = lol

Compatriota :

Bem, foi uma semana bem corrida.
Com o compatriota arquitecto no escritório. Tivemos oportunidade de almoçar juntos, em forma de pique-nique, junto ao lago de Sierre, aonde muitas outras pessoas faziam o mesmo aproveitando os raios de sol, o fresco da água e o verde constante.
Tive ainda a oportunidade de lhe oferecer um jantar de queijo derretido, conhecido por raquelete, prato tipico do Valais, bem regado a branco hungâro.
Antes do jantar fui mostra-lhes alguns locais que tinha descoberto aqui na zona, com os quais também parece ter ficado encantado.
Vai voltar, uma vez que é chefe de projecto de cerca de 24 chalets, na primeira fase.
Longe do país tugalense é sempre bom encontrar alguém quem fale a nossa lingua, quem deixou o país pelas mesmas razões e quem tem um estatuto tão consideravel.
Mais ainda: também tém um blog (ainda não sei o endereço) e vai brevemente fazer uma exposição de pintura em Paris.

Telepatia : .

Fecho os olhos, chamando por ti
Vagueio no espaço, não rumo no traço
Vou directo assim.

Chamas por mim,
nesses gritos mudos.
E a luz que te acolhe,
acendo-a e te abraço
sou parte de ti.

Telepatia, na noite de insonia
no dia de pressa, a porta aberta
e ar que te enrosca e toca no peito
sou eu que te ajeito.
Te viro e na calma
embalo e vigio
e tombas no sono
sinto-me o patrono
da tua solidão e irmão
no teu jeito de ser.

Telepatia, no regresso a casa
o sol que se apaga
a estrada confusa
o tempo que recusa
voltar a ser Lego.
Mudo o disco, e sinto que ouves
que danças para mim
que sonhas no jardim
proibido e cortas
a rosa encantada espalhando
as petalas
num banho de espuma
que rodeias de velas
e escreves no espelho
me acolhes e beijas
agora desleixas
chamando atenção
vou cair no mergulho
voltar a ser dia
reinar e sentir
a tua...
Telepatia

terça-feira, abril 17, 2007

Bem vindo : .

Hoje a seguir ao almoço entrou no gabinete um homem com um trolei que incluia ao que parecia uma saco de viagem e um computador portátil.

Eu saía da casa de banho e cruzava-me com ele, apresentou-se em francês e pelo nome percebi logo que era quem um colega já havia comentado a quem estaria a fazer o acompanhamento técnico de um chalet, tratar-se de um arquitecto português. Apresentei-me e também ele percebeu que o meu apelido era português, rimos e falamos em português o resto do tempo. Acabava de chegar de avião, viu-se um pouco atrapalhado para descobrir o local.

Trata-se de um arquitecto, jovem, já com uma boa carreira, agora cediado em Paris e a colaborar com um também muito importante arquitecto francês de renome mundial.
Foi uma festa perceber que um compatriota estava no gabinete e lá permaneceu toda tarde, para além do trabalho trocamos varias impressões.

Amanhã vamos "boir un verre".

Depois contarei o resto...
T d b

Grande dedução :

Um passo à frente e não estarás mais no mesmo lugar:

sexta-feira, abril 06, 2007

Le Fabuleux Destin d'Amélie Poulain

LE FABULEUX DESTIN D'AMÉLIE POULAIN de Jean-Pierre Jeunet :)

Realizado em 2000, conta com muitos actores franceses de renome, mas conta também pequenas histórias de uma menina que tem tudo, mas vai ter um grande gozo a fazer os outros felizes mudando pequenas coisas na sua vida, até cair ela no seu proprio jogo e são os que ela ajudou que a vão fazer reagir. A simplicidade e fenomealidade do filme estão bem realçados no (...) vejam.
Tudo acontece quando nasce...
Para mim um dos melhores filmes de sempre:
Porque tem uma fotografia constante excelente;
Tem uma actriz simples e com um voz doce e terna;
Tem história;
Uma colocação de cameras fantásticas;
Um guarda-roupa fantástico;
Cor vs objectos muito bem conseguidos - decoração e cenários;
Tudo é muito real, até os locais de filmagem;

Já tive oportunidade de o ver em várias linguas, a ultima em francês;
Recomendo muito é simplesmente do belo!

O trailer:



O Inicio:



Os Locais de gravação:



As falhas:




Entrevista com a actriz principal .Audrey Tautou. :



E a música é fantástica...

Agora também os teste de imagem :

Um ano :

Faz um ano que este blog abriu as janelas para partilhar pequenas coisitas da vida, da imaginação, porque é esse o mais agradável sentimento - o da partilha.

Eu sou homem, e como é de normal num homem esquecer-se das datas, apenas me apercebi que fazia um ano quando nostalgicamente fui ver o que já tinha publicado e reparei que foi há um ano, pela primavera, que abri as janelas deste refugio, deste ninho, deste afoito riacho, ou deste pequeno campo de malmequeres.

Mais de 8 000 clicks, se isso é importante. Escrito em diferentes paises, por onde vaguei, ou não fosse este barco alado. Vários sentimentos, muitos status eu tive quando escrevi coisas que me saíam, musicas que me marcam, que sinto necessidade em partilhar, pela mensagem e pelo ritmo; alguns poemas e frases publicadas foram escritas há muito tempo, várias vezes ajustados de forma a conseguir a exata mensagem, o enquandramento ritmico e a métrica que gosto de colocar no que escrevo.

Importante pois! Hoje tombo-me para trás e sinto que algo me segura como um abraço e este abraço é teu que me lês, que me vês, que me escutas e me envolves no pensamento.
Obrigado por estares ai. Obrigado por existires. Volta sempre que quiseres navegar comigo ou seres como um golfinho que persegue este barco lhe dá cor, ânimo e desperta o nafegante...

Porque : . (Faz um ano que começou este blog)

Porque...

Todavia é noite escura
o dia foi quente
o transito fluía como se nada se passasse

Aquela luz recordava momentos
não falemos do cheiro
e da música na rádio.

As cores do néon são um castigo
já por ali passamos,
de mãos dadas, sim...

Todos os dias milhares passam na mesma calçada
e de certeza que ninguém se lembrou
do nosso passeio...

Hoje Já comi aquilo que tu gostas,
aquela parou na montra para se arranjar...
acho que foi assim que te conheci...
Alias...Já te conhecia...
Naquele dia apenas voltei a descobrir algo de novo em ti...

Foram dias de descoberta
e ainda hoje sou o aventureiro
que procura descobrir aquela arca perdida
dentro de ti...

quinta-feira, abril 05, 2007

Espelho : . part 1

Não te apetece gritar alto:
“-Amo-te!”?
Ou: “- Odeio-te!”?

Não te apetece perder no ar
Os braços num erguer bem alto
E gritares ao meu ouvido
Tenho saudades tuas
Ou, estou livre de ti?

Não te apetece?

Não te apetece chamares-me desgraçado,
Cruel, bandido, ordinário?
Ou, meu herói?

Não te apetece levares-me para outro lado,
Um sitio lindo, paradisíaco, uma ilha?
Isso!
É isso! Para uma ilha, não te apetece?
Ou, abandonares-me num berço à porta do hospital,
como sola de sapato que se perde ao andar,
com tanta insignificância?
Não te apetece velar sem destino?
Não te apetece retocar um ponto arruinado pelo vento?

Não te apetece ser como eu:
um rio sem margens para
Prender o teu barco?

Não te apetece ir à luta?
Não te apetece perder de propósito?
Não te apetece morrer?
Não te apetece nascer?
Não te apetece ir à lua?
Não te apetece ser saltimbanco?
Não te apetece escrever um drama?
Não te apetece gritar: -Chiça?
Não te apetece chorar rios de lágrimas?
Não te apetece levantar a cabeça?
Não te apetece olhar a vida?
Não te apetece descruzar os braços?
Não te apetece enfrentar o destino?
Não te apetece bater palmas?
Não te apetece dar passos de gigante?
Não te apetece correr?
Não te apetece saltar?
Não te apetece rodar?
Não te apetece respirar?
Não te apetece respirar?
Não te apetece respirar?

Não te apetece sonhar?

Não te apetece pousar os remos
do barco que navegas
e saltar num mergulho que te leve ao encontro de uma ilha onde possas guardar os nossos dias no baú do amor e enterra-lo na areia marcada, num mapa, para as vindouras gerações conquistarem tal tesouro, tal e qual piratas da primazia do amor?

Não te apetece sorrir num espelho de agua e tocá-lo
com o dedo fazendo surgir a imagem
do amor que buscas por entre as ondas da vida?
Não te apetece acender archotes e levantá-los na noite anunciando ao teu cavalo alado aonde deve pousar para te levar ao encontro do teu ser dual?

Não te apetece guardar o meu olhar
e a voz numa lata de ferrugem, ou lavar os pincéis que nunca ousaste sujar?
Não te apetece prender-te a um fio
De linho e sentir o
Conforto de uma manta feita especialmente
para ti?
Ou, cobrir-me de jornal e só
Sentir as demências do mundo
que te repugnam e te coiçam, para o fundo?

Não te apetece pintar de azul
O céu e inventar a brisa que chama por ti?

Não te apetece ser a nuvem
Que transporta a água
Que me molha o rosto
Que te tapa o sol
E me faz triste
Num quadro de holandês
Pintado em Poirrot
face pura branca
Vermelho carente
E brilho de lágrimas?