Ainda e as palavras...
Ainda podia ser um dia sem sabor
podiam ser umas palavras sem sabor
ainda podia vir descalço e faminto
podia num abraço e podia...
Ainda podia ter tinta na pena
podiam ser dezenas e dezenas
podiam vir sem destino
ainda podia e devia...
E ainda quem nunca julgou partir?
quem nunca julgou nunca ter saido e viajou
e podia e fez e desfez e voltou abraçou, chorou
e... ainda mora aonde nunca morou
mas...ainda podia...
Ainda havia poeta? Ainda tinha pé o ateleta?
Ainda pintou e recitou e cantou mas o amor...
As margens são nossas ou nós existimos nas margens?
Os sons as cores os sabores... e o cheiro...
Nem o sol que ainda é o mesmo: não nos toca na mesma
e ainda a lua que nos dava tantas palavras
ainda é a mesma mas as palavras são lidas como a lua
e o sol na pele... as mesmas: elas são ainda palavras?
Ainda podia ser um dia sem sabor
podiam ser umas palavras sem sabor
ainda podia vir descalço e faminto
podia num abraço e podia...
Ainda podia ter tinta na pena
podiam ser dezenas e dezenas
podiam vir sem destino
ainda podia e devia...
E ainda quem nunca julgou partir?
quem nunca julgou nunca ter saido e viajou
e podia e fez e desfez e voltou abraçou, chorou
e... ainda mora aonde nunca morou
mas...ainda podia...
Ainda havia poeta? Ainda tinha pé o ateleta?
Ainda pintou e recitou e cantou mas o amor...
As margens são nossas ou nós existimos nas margens?
Os sons as cores os sabores... e o cheiro...
Nem o sol que ainda é o mesmo: não nos toca na mesma
e ainda a lua que nos dava tantas palavras
ainda é a mesma mas as palavras são lidas como a lua
e o sol na pele... as mesmas: elas são ainda palavras?