Não há dias iguais e quem procura sempre encontra
Entre todos os desiguais, tu és bela no que conta
Revelei-me sobre ti, deixaste-me a sedução
Não descrevo como vi, nesse olhar uma paixão.
Naquele dia acordei, com desejo sobre mim
Senti-me servo de um rei, seu reino é um jardim
Balancei-me numa esfera dum trapézio voador
Senti-me dente de fera, mordendo por amor.
Descalcei-me e corri, por espinhos de seda
Voltei-me e morri, nessa boca doce e bela
Trapezista deambulando, trago fardo de alegria
Enquanto vou andando, desenho a poesia
Fiz da lua caipirinha, estou pronto a acomemorar
Pediste poesia minha, pedi-te pintura tua e pura
Perguntei-te sol, disseste amar....