sexta-feira, agosto 25, 2006

Não te apetece?

quinta-feira, agosto 24, 2006

NÃO COMENTEM POR FAVOR

"Em matéria de amor, o silêncio vale mais do que a fala."

Blaise Pascal

E mais uma

"O coração tem razões que a razão desconhece."

Blaise Pascal

A relação com a morte

"O homem fraco teme a morte, o desgraçado a chama; o valente a procura. Só o sensato a espera."

Benjamin Franklin

domingo, agosto 20, 2006

Parar o tempo?

A frase indispensável

"Se cada um dos teus dias for uma faísca de luz, no fim da tua vida terás iluminado uma boa parte do mundo."

Osho

De todos os que te olham :. (R)

De todos os que te olham
Alguns te olham de maneira diferente
Não te olham apenas pela beleza
Do teu rosto ou a silhueta do teu corpo.
Alguém repara naquilo
Que de mais belo podes ter
Para além dessas mãos encantadas
Ou esses olhos de diamante.
Alguém deve reparar
Na tua simpatia
e busca-a freneticamente
Sem percepção de que é tua
E é natural
E na tua modéstia, alguém repara?
Humm... Que delícia!
Ver-te de mangas arregaçadas
Pronta para tudo,
Sabes demais e mais queres saber.
Fazes bem e mais sentes que deves fazer.
Até os teus gostos são interessantes.
As escolhas simples que fazes,
Os caminhos que usas para percorrer...
Mas isto, tu também sabes e sentes
Ou precisas saber para sentires:
Dos olhos que te olham, alguns te olham de maneira diferente.

domingo, agosto 13, 2006

A vida vista de lá de cima : .

A Veia do Poeta

Cansado do movimento
Que percorre a linha recta
Fui ficando mais atento
Ao voo da borboleta
Fui subindo em espiral
Declarando-me estafeta
Entre o corpo do real
E a veia do poeta

Mas ela não se detecta
À vista desarmada
E o sangue que lá corre
Em torrente delicada
É a lágrima perpétua
Sai da ponta da caneta
Vai ao fim da via láctea
E cai no fundo da gaveta

Ai de quem nunca guardou
Um pouco da sua alma
Numa folha secreta
Ai de quem nunca guardou
Um pouco da sua alma
No fundo duma gaveta
Ai de quem nunca injectou
Um pouco da sua mágoa
Na veia do poeta

Carlos Tê

sexta-feira, agosto 11, 2006

O Alquimista

"O Alquimista" que me foi oferecido há alguns anos,
estava guardado na prateleira até que deixei a casa.
Não o li de imediato, porque sei que os livros têm alma
e por isso são eles que nos pousam nos olhos
quando mais precisamos de os ler.
Quando preparei o saco de viagem
meti-o na bolsa da mochila
imaginando ter tempo para o ler na viagem,
numa paragem, numa estação de serviço, sei lá...
Foi na segunda noite após a minha chegada à Suiça
que ele se abriu para mim.
Senti que afinal tínhamos muito em comum
e ele tal como eu passamos pelo mesmo.
Senti-me pastor, vendedor de cristais
e também persigo um tesouro.
Fiquei algumas horas perdido no seu interior
e aproximei-me do fim, fechei-o,
e hoje passados 10 dias ainda não o abri,
não sei o final, não me quis dizer o final.
Eu sei que bastava-me abri-lo
e espreitar as poucas folhas que me contam o destino final
do inicialmente candidato a padre,
mas também sei que ele se vai abrir de novo para mim
na altura certa.
Há livros que nos ensinam,
há livros que nos comovem,
há livros que nos intrigam,
há livros que nos animam,
mas este livro para mim tem sido um amigo
como uma alma que me apoia,
se pode-se imaginar seria ele
um anjo para mim.

domingo, agosto 06, 2006

A todos : .

A todas as manhãs
às tardes
às noites
eu vos amo
eu vou sorrir

A todos os sons
piropos
guitarras
e assobios
eu vos amos
eu vou ouvir

A todos os caminhos
quedas
escaladas
noitadas
e piadas
eu vos amo
eu vou lembrar

A todos os recados
livros
infindaveis
desejos
eu vos amo
eu vou guardar.

A todo o credo
Deuses
acrobatas
e doces
de montra
eu vos amo
eu vou acreditar.

A todos os aparelhos
estados
criados
e convidados
eu vos amo
eu vou sair.

A todo o mundo
a todos

os meus amigos
eu vos amo
eu vou partir.

AS ILHAS AFORTUNADAS

Que voz vem no som das ondas
Que não é a voz do mar?
É a voz de alguém que nos fala,
mas que, se escutamos, cala,
por ter havido escutar.
E só se, meio dormindo,
Sem saber de ouvir ouvimos,
Que ela nos diz a esperança
A que, como uma criança
Dormente, a dormir sorrimos.
São ilhas afortunadas,
São terras sem ter lugar,
Onde o Rei mora esperando.
Mas, se vamos despertando,
Cala a voz, e há só o mar.
FP