domingo, novembro 23, 2008

Letra a letra

O nosso maior receio não é o medo de sermos incapazes. O nosso maior receio é o facto de sermos desmedidamente poderosos. Perguntamo-nos quem somos nós para sermos brilhantes, belos, talentosos e poderosos. Na verdade, o que te impede de ser tudo isso? Nascemos para manifestar a glória de Deus que há dentro de nós. Quando deixamos que a nossa luz brilhe, estamos inconscientemente a permitir aos outros que façam o mesmo.

(Marianne Williamson, in “Um regresso ao amor” & também no filme “Letra a letra” & Discurso de Inauguração de Nelson Mandela, 1994)

...e eu tinha de lembrar isto no inicio da semana...

segunda-feira, novembro 17, 2008

Sinais ou Cais da Matinha

Com a falta de criatividade das rádios, estamos nós ao longe na fome de boas noticias, e eu dou por mim nos podcast das rubricas da TSF como alguém que procura uma cama de água para relaxar. O Caís da Matinha, é uma rubrica de Fernando Alves e de Alexandrina Guerreiro, mas é ele que eu conheço e me dá prazer tantas vezes ouvir sem fim e me regalar nas descritivas cenas que ele filma e projeta com palavras. Conheço-o desde Sinais, que me encanta ainda existir, um programa (rubrica) de 5 minutos ou 4 isso não é importante, apenas que as suas palavras valem por um dia e lutam contra uma jornada de stress e ganha sem piedade essa batalha de microbios contra desinfectante.

Amigo Fernando Alves, nestes teus ais, tornaste S. Sebastião na comunicação portuguesa, e hoje ouço o "Vamos provar o caranguejo marciano", pergunto-me se já não terás tu descoberto a forma de viajar telepáticamente e usas a rádio como altifalante para espalhares essa tua forma? Quantos viajarão neste momento? E mais tarde? e amanhã? E depois?

Um forte abraço

quarta-feira, outubro 29, 2008

Pedro Barroso : Bonita

Alguém esqueceu há algum tempo de cantar poesia?
Ser trovador: quem me dera sequer saber cantar, quem me dera ser um trovador e quem me dera também ter escrito este poema.

Hoje sinto-me no entanto preveligiado porque ouvir este senhor, esta musica ou tantas que podia lembrar de um dos ultimos trovadores.

Senhor Trovador: Pedro Barroso



Primeiro foram as mãos
que me disseram
que ali havia gente de verdade
depois fugi-te pelo corpo acima
medi-te na boca a intensidade
senti que ali dentro havia um tigre
naquele repouso
havia movimento
olhei-te e no sol havia pedras

parámos ambos como se parasse o tempo
parámos ambos como se parasse o tempo
é tão dificil encontrar pessoas assim bonitas
é tão dificil encontrar pessoas assim bonitas

atrevi-me a mergulhar nos teus cabelos
respirando o espanto que me deras
ali havia força havia fogo havia a memória
que aprenderas senti no corpo todo um arrepio
senti nas veias um fogo esquecido
percebemos num minuto a vida toda

sem nada te dizer ficaste ali comigo
sem nada te dizer ficaste ali comigo
é tão dificil encontrar pessoas assim bonitas
é tão dificil encontrar pessoas assim bonitas

falavas de projectos e futuro de coisas banais
frivolidades
mas quando me sorriste parou tudo
problemas do mundo enormidades
senti que um rio parava e o nevoeiro vestia nos teus dedos capa e espada queria tanto que um olhar bastasse
e não fosse no fundo preciso
queria tanto que um olhar bastasse
e não fosse preciso dizer nada
é tão dificil encontrar pessoas assim bonitas
é tão dificil encontrar pessoas
assim pessoas

. : espantoso : .

quinta-feira, outubro 02, 2008

Sexta : .

E num cruzar de dedos
Te vejo a espreitar
E os teus labios vão desenhando um sorriso
Que alcança a linha do horizonte

A tua sapiencia
Inesgotavel
A tua arte, o teu reflexo constante
Relaxo e aperto a tua mão
Vai correr tudo bem
São especialistas
E estarás de volta logo de manhã

Aquela magia que queria tanto ter
Tocar e tudo de mal sair
Mas de copperfiel só tenho o prenom
E muito discutivelmente acreditaria nele
Seria apenas ilusão e agora eu quero a realidade
E que essa realidade extenda a tua vida
Sem avarias
Sem tropelias
Decorada com pompa e circunstancia

Não é pedir muito, apenas que tudo corra normal
E acredito que tudo vai correr bem normal
Porque um tesouro é algo que se pode esconder, perder, roubar
Mas ganhar um tesouro e polir dando-lhe mais valor todos os dias é
Realização


é por isso que aqui vim

quarta-feira, setembro 24, 2008

sexta-feira, setembro 19, 2008

The Verve : Bittersweet Symphony


Sinfonia Agri-doce

Pois, esta é uma sinfonia agri-doce,
Assim como é a vida
Tenta viver de acordo com teus recursos
és um escravo do dinheiro,
depois morres

Vou-te levar pela única estrada em que já estive
Tu conheces aquela que te leva aos lugares
Onde todas as tendências se encontram, sim
Não mudes, eu posso mudar
Eu posso mudar,
Eu posso mudar
Mas eu estou aqui no meu modo
Eu estou aqui no meu molde
Sou um em um milhão de pessoas diferentes
De um dia para outro
Eu não posso mudar o meu molde
Não, não, não, não, não

Bem, eu nunca rezo
Mas esta noite estou ajoelhado, sim
Eu preciso ouvir alguns sons que identifiquem a dor em mim, sim
Eu deixo a melodia brilhar,
deixo-a limpar a minha mente,
sinto-me livre agora

Mas as linhas aéreas estão claras
e não há ninguém a cantar para mim agora
Não mudes, eu posso mudar
Eu posso mudar, eu posso mudar
Mas eu estou aqui no meu molde
Eu estou aqui no meu molde
E eu sou um em um milhão de pessoas diferentes
De um dia para outro
Eu não posso mudar o meu molde
Não, não, não, não, não,
Eu não posso mudar
Eu não posso mudar.

Pois esta é uma sinfonia agri-doce, esta vida
Tenta viver de acordo com os teus recursos
Tente juntar algum dinheiro e depois morres

Levo-te pela única estrada em que já estive
Tu conheces aquela que te leva aos lugares
Aonde todas as coisas se encontram, sim
Tu sabes que eu posso mudar, eu posso mudar
Eu posso mudar,
Eu posso mudar,

Mas eu estou aqui no meu molde
Eu estou aqui no meu molde
E eu sou um em um milhão de pessoas diferentes
De um dia para outro...
Eu não posso mudar o meu molde
Não, não, não, não, não...

Eu não posso mudar o meu molde
Não, não, não, não, não,
Eu não posso mudar
Não posso mudar o meu corpo,
Não, não, não
Levo-te pela única estrada em que já estive
Eu vou levar-te pela única estrada em que já estive
Já estive
...
Tu ja estivestes?
Tu vais estar?

(adoro musicas interrogativas... who's gonna ride your wild worses?)

sexta-feira, setembro 12, 2008

Uma musica retrato de tantas vidas e também da minha...

A música para o dia em que eu fui um bébe.

Os GNR nesta partem a louça toda.

Aconselhava a lerem as opiniões de Rui Reininho no JN aos sábados. Textos sobre a actualidade feitos com a mestria de um qualquer génio da semântica, que numa cozinha de palavras faz um fondue de frases que dão um sabor estaladico agre e doce, quente e frio, picante e com uma aparencia irresistivel para olhos comilões.

Mas o que interessa agora o o facto desta musica ser um belo quadro da minha vida.

Obrigado Rui por marcares a minha vida.

quarta-feira, setembro 03, 2008

Momento final - Santos e Pecadores (experiencia de trocar arvore por arma...estranho não é?)

Sentando...e a arvore ali ao pé de mim....
O vento agora já nem vem aqui!
Deixei de ter com quem falar
Fiquei sozinho com o meu olhar...
Do longe se faz em mais perto...
Sentindo e o tempo for encerto...
Ouvindo sons que so eu sei pensar....
Sorrindo parto para outro lugar..
O meu momento final
eu sei que tenho um lugar
onde o santo e pecador podem vir descansar...
No meu momento final
eu sei que tenho um lugar onde o santo e
pecador podem vir descansar!!...

Estados alterados de consciência - meditação

Estados alterados de consciência

Nada têm a ver com estar ausente e submisso, como nas fantasias dos filmes ou nos números de circo. Um estado alterado de consciência é o nosso estado quando estamos absortos num livro ou numa música e esquecemos tudo o resto em redor.

O que se pretende do estado alterado de consciência é apenas um nível de relaxamento e de concentração que nos permita viajar ao interior de nós mesmos sem dispersões, sem a confusão de demasiados pensamentos ao mesmo tempo.

POR SOFIA PASSOS

(...)







terça-feira, agosto 12, 2008

FRASE SAIDA "DO DIA"

O RECONHECIMENTO é UMA POMBA A OBRAR NA NOSSA TESTA...

CHIçA!

No Incio Era o Verbo : .

Baseado num verso conhecido da Biblia

:.
NO INICIO ERA O VERBO
E AS PALAVRAS AVANçAVAM COMO LOCOMOTIVAS DE ALTA TECNOLOGIA QUE CARREGAVAM VAGOES DE ESPERANçA
CAVAVAM A NEVE NA MONTANHA
ATRAVESSAVAM PONTES E VALES
CIDADES ESTRANHAS E ENTRANHAS NAS SERRAS.

NO INICIO ERA O VERBO GRITADO
TOCADO E DESABAFADO AO OUVIDO AQUEM OLHAVA
INTERPRETAVA E GUARDAVA OU SIMPLESMENTE DESFOLHAVA
SOLTANDO AO VENTO O PENSAMENTO.

NO INICIO ERA O VERBO
DELE NASCEU A NECESSIDADE DE CORRER CONTRA O SOL
ESCONDER NA MADRUGADA A PALAVRA FEITICEIRA
INVENTAR A MUSICA DE CABECEIRA
RISCAR NO TEXTO JOVIAL A MARCA PLASTICA DO CORAçÃO
MAL, TRISTE E OVAL.

NO INCIO GRITAR
DIZER O QUE PRECISAVA DE OUVIR,
E OUVIR COMO DEVIA SENTIR,
E SENTIR COMO DEVIA VIVER

E O VERBO…
O VERBO ADORMECIA NO SOFA DE PIRATA,
NUMA JANGADA DE DONA DE CASA
NUMA PANELA DE TECLAS EM AGUA FRIA, NÃO COZINHADAS.
MAS …
TAL COMO PEIXES SOLTOS NA MARé
SÃO VERBOS DE Fé
SÃO VERDES…
…E A MARé NÃO ENCHIA
O CASTELO NO ARQUIPELAGO
ERA UM REINO ADORMECIDO
SEM VENTO, SEM ASES, SEM COLINAS, SEM PASSEIOS NOCTURNOS, SEM ESCADAS, SEM FEIJÃO MAGICO, SEM ARROZ DOCE, SEM...

…NO INICIO ERA O VERBO
E O VERBO EM BARCO SE TORNOU…

O PASSADO ALUCINA O PRESENTE PROVOCARÁ
O FUTURO NAVEGAR :.


Da Weasel - (No Principio Era) O Verbo

sexta-feira, agosto 08, 2008

Paulo Praça - (Diz) A Verdade

A letra é de Valter Hugo Manha, escreveu-a numa mesa de café, pois é, uma doçura de poesia para consumir ao pequeno almoço. O som, simples e bem encaixado.

Esta historia e outras igualmente interessantes nas conversas do programa radiofonico "Nuno & Nando" (Nuno Markl e Fernando Alvim) na Antena3.

Aqui fica e letra:


"Se te perguntarem por nós, sobre

que coisa fazemos quando estamos

juntos, diz a verdade

que deslocamos os cometas sem

querer, as estrelas para desenhos e

a lua garantindo o amor

diz a verdade sobre a intervenção

na cósmica escolha dos casais,

a obrigação de nos obedecer

não fosse o universo desentender quem

somos e favorecer a separação ou,

pior, o não nos havermos conhecido "

quarta-feira, julho 30, 2008

Wraygunn - She's a Go Go Dancer

Estes so os meus "bons rapazes" da actualidade.

Puxa para cima esta musica e ainda por cima, são de Coimbra.

Para mim dos melhores grupos da actualidade.

O tempo : .

Aonde está aquela mão
Que me salvou e me deu paz
Solto o tempo dessa mão
Ponho tempo andar para traz

No lago deixo de ser,
Vaza-me toda a sensação
no meu sentido ocular
Reina agora o defeito
de quem quer voltar ao mar

O tempo deste labirinto
Vejo terra ao acordar
Rezo sonhos prego tempos
Masco amor, ferro e fogo
Dou-te em parte, vendo todo
E agora sou azar…

sexta-feira, março 21, 2008

Bom dia : .

Uma vontade enorme inspirada neste amanhecer, obriga-me a registar este momento como de poesia se tratasse.

Vejo na TV a Pipi das Meias Altas, não percebo os diálogos (alemão!), mas as cores, as fotografias, o elenco, os animais (o cavalo sarapintado), os cenários, os argumentos (apesar de ser em alemão), fascinam-me por se tratar de pequenas historias fascinantes para os pequenos observadores das coisas simples.

O canal é o ZDF, ainda pesco qualquer coisa do que se vai falando mas... Os miúdos, companheiros de aventura, são loiros e de olhos claros e a Pipi para quem não se lembra é a pequena ruivinha de tranças suspensas para os lados e sempre com roupa curta, verde alface, cheia de remendos e meias coloridas com pequenos elásticos que as prendem à cintura. Neste momento passeiam-se de balão assustando as pessoas da aldeia, também esta parecida sair de um filme de Tim Burton. Uma das companheiras de Pipi, transporta ao ombro o seu inseparável amigo macaquinho, do mais bonito que já vi, sobretudo com aquele fatinho maneirinho.

Em zapping é já a segunda vez que apanho esta serie da Pipi, magnificamente feita entre os anos 70 e 80, a nostalgia toca-me, como se fosse a neve que cai lá fora que deixa tudo em branco, e eu fosse o pinheiro que ficou esquecido plantado no jardim e agora se espanta porque esperava a primavera.

Contrastando, ouço "A Sagração da Primavera" de Igor Stravinski, depois de passar pelo blog Bitaites. A musica leva-me agora o olhar pela janela e reparo nos corvos que se perseguem pela neve, de facto, disputando este cenário único, aonde este ano, pela primeira vez, cai um nevão digno.

Afinal eu esperava a primavera, já estamos em Março (agora março, como no novo acordo ortográfico) mas aceito de coração aberto de ramos perplexos este momento belo e único.