segunda-feira, julho 24, 2006

Poema Desatinado (inédito-2ª publicação)

Tu és poema desatinado
Concerto de violino rasgado
Flores envoltas num tornado
Rosto de filho zangado
Perdido chão de achado

És poema caricato
Repetido norteado
Confúcio e Viriato.
Louca onda batendo no cais
Profeta de doses bestiais
Rua estreita de vendavais
Carrossel desgovernado
Propulsor acelerado
Patrão alvoraçado
Potro rude cavalgado

Tu és assim e te fiz rainha
Numa noite de luar
Desejava ver-te minha
E até poder cantar
Sonetos e chilrear
Na manhã ao teu lado
Tipo dente e rebuçado
Mas rodas-te numa dança
Passo valso e desgovernado
E na volta de um beijo de ansa
Sou só teu equivocado.

1 comentário:

Anónimo disse...

seus poemas sao bem legais!!