sexta-feira, maio 18, 2007

Um amigo é um tesouro : .

Fico à espreita. Sou um voyeur de papel na mão. Escrevo o interior dessa pessoa que penso conhecer e perceber o que ela está a viver naquele momento. Infelizmente torno-me um designer da sua carapaça... Vou aos poucos perdendo a tinta e risco o que havia escrito, contradigo-me, risco, volto a corrigir e envolto nesta teia de aranha tento libertar-me, mas dá-me gozo como que saltando num trampolim, caindo como manda a gravidade mas não como comanda a minha mente, vou libertando e fico sem papel, sem caneta, mas amante a curtir o momento. Entro e viro este local do avesso. Quero saber como estás...

1 comentário:

Anónimo disse...

Tesouro...
Grande achado...
contei, um a um, todos os degraus
sei quantas voltas dei á chave,
sublinhei as frases importantes,
aparei os cedros
fechei em código toda a escrita.
fixarei o calendário
ensaiarei um numero
abrirei um livro na mesma página
que mais descobrirei?
contudo Tesouro é a riqueza, não é inventário que guardo no armário, nem memória varrida,
mas no tempo subjectivo, é ainda o meu relógio de vento,
a minha máquina acelaradora e por quanto tempo ainda (sem tempo para mim)as tuas mãos serão para mim o nocturno passeio do gato no telhado?
Bjs
Tesoura