segunda-feira, janeiro 19, 2009

Coisas simples : . cotovelo no joelho, ceu cinzento no horizonte e afinal a temperatura começa a subir : . porque me apeteceu . : ritmo e humor

As coisas simples, por onde estejam
São os desejos que eu procuro entender e tornar-me maior
A verdade é aquele paradigma que me ocupa o tempo
e o frenético desejo de realizar algo novo,
Mas, acredito que nada mais novo exista
Apenas a transformação
Daquilo que o mundo tem à nossa disposição
Mas agora tombo sobre os verdes campos, e delicio-me com o vento a soprar de levezinho
Algo mais poderoso me deixa ir fluido naquela brisa que acabou de passar
E parto assim sem rumo, de encontro marcado, não sei,
Sem destino, eu sei
Algo nunca visto, algo nunca tentado, por mim
Isto pode ser o sempre ou o nunca
Ser: alguém em algum espaço
Ou ninguém em todo o lado,
Entre as linhas da vida sou uma tragédia,
Sem olhar, sem desgraça para declarar
Mas com motivos para morrer,
Os sentimentos são assim como um irmão que nos dá o braço no precipício, e tenta mas não consegue segurar, é este apenas mais um motivo, um caminho se quiseres, para deixar ir.
O ar cá dentro despega-se da caixa como se fosse de repente fechar para sempre a loja dos sonhos, os desejos que nunca foram vendidos
Em saldos, agora, nestes segundos que restam, mas
Um caminho é um caminho
E um caminho não tem fim….

1 comentário:

Anónimo disse...

Sabes a história que produz o movimento das asas das borboletas, não? Não há forma de que a vida não vença, mas sim se multiplique todos os dias.
Nós somos a sua consequência. Outros nomes que vêm de trás também.
As tuas palavras são monumentos. A convivência subtil da beleza e da tragédia são tão ferquentes como surpreendentes.
Recordo Sófocles e Shakespeare… é sempre um pequeno estímulo.
Harmoniosa é a fragilidade doce e entretida no seu equilíbrio, porque
a possuimos e porque nos queremos a nós próprios, num caminho sem fim...

leio-te sempre
TSR