quinta-feira, abril 13, 2006

Poema Desatinado

Tu és poema desatinado
Concerto de violino rasgado
Flores envoltas num tornado
Rosto de filho zangado
Perdido chão de achado.

És poema caricato
Repetido norteado
Confúcio e Viriato
Louca onda batendo no cais
Profeta de doses bestiais
Rua estreita de vendavais
Carrossel desgovernado
Propulsor acelerado
Patrão alvoraçado
Potro rude cavalgado.

Tu és assim e te fiz rainha
Numa noite de luar
Desejava ver-te minha
E até poder cantar
Sonetos e chilrear
Na manhã ao teu lado
Tipo dente e rebuçado
Mas rodas-te numa dança
Passo valso e desgovernado
e na volta de um beijo de ansa
sou só teu equivocado.

2 comentários:

Anónimo disse...

Vc é um dos ultimos românticos ??

mood disse...

bom...mt bom...